Na estrofe 19, Camões refere que a armada de Vasco da Gama se encontrava já a meio da viagem no Oceano Índico, o mar com algumas ondas estava calmo e o vento empurrava as caravelas na sua viagem a caminho da Índia.
Nota: A partir da estrofe 20 do Canto I, Camões interrompe a Narração da viagem de Vasco da Gama para falar sobre o Concílio dos Deuses. Este episódio serve a Camões para elogiar os portugueses.
Ao colocar os Deuses a preocuparem-se com a viagem de Vasco da Gama, por temerem que os portugueses lhes roubem a fama no Oriente, Camões eleva os portugueses ao nível dos próprios Deuses. O Deus que mais temia o poder de Vasco da Gama era Baco (Deus do Vinho e do Comércio) e Marte (Deus da Guerra) e Vénus (Deusa da Beleza e do amor), estavam a favor dos portugueses.
Comentário: A narrativa organiza-se em quatro planos: o da viagem, e o dos deuses, em alternância, ocupam uma posição importante. O plano da História de Portugal está encaixada na viagem. O plano do poeta, em que as considerações pessoais aparecem normalmente nos finais de canto e constituem, de um modo geral, a visão crítica do poeta sobre o seu tempo.
Fonte: Aula de Português, dia 16/11/2010
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